segunda-feira, 30 de maio de 2011
domingo, 29 de maio de 2011
Saber Avaliar a Novidade...

Walter Kaufmann, in 'O Tempo é um Artista'
sexta-feira, 27 de maio de 2011
Português Sentimental e com Horror à Disciplina...

António de Oliveira Salazar, in 'Homens e Multidões', de António Ferro
quinta-feira, 26 de maio de 2011
Têm-se Deveres Conforme o Alcance do Espírito...

Stendhal, in "Do Amor"
quarta-feira, 25 de maio de 2011
A Divinização do Utilitário...
Mas o sonho utilitário não apaga o sonho como tal, o que no homem, porque humano, é ainda o sem-limite. Porque se não reinventa um homem totalmente, mesmo o homem circunscrito ao tangível do utilitário. Curiosamente assim o próprio sonho se degrada sem se anular como sonho. Curiosamente assim o homem é ainda o «ser de horizontes» (Heidegger), ainda quando esse horizonte for a montra de uma loja... O mais que nunca é bastante, o máximo que está para além de todos os máximos e é em si o máximo humano, converte-se agora não no que supere os limites do utilitário mas no que supere os limites de cada objecto útil. Assim o absurdo limite que num Sartre é o homem-deus é no societário de consumo o automóvel-perfeição, o aparelho-absoluto. Eis porque o reclame do super é uma constante de um reclame - desde o super-detergente ao super-Constelation. O super fala em linguagem degradada o que em linguagem humana fala da nossa ascensão. [Assim a própria crise do casamento - uma determinante do nosso tempo - pôde ser reportada à insatisfação no «consumo» (Eduardo Lourenço); assim uma mulher se pôde igualar, na sedução, ao frigorífico ou ao aspirador. .. Mas é possível, se não evidente, que a razão esteja mais longe - na radical exterioridade que a tecnologia promove em cuja superfície estéril um valor se não radica.]
Vergílio Ferreira, in 'Invocação ao Meu Corpo'
terça-feira, 24 de maio de 2011
O Orgulho de Ser Português...

António de Oliveira Salazar, in 'Discursos'
segunda-feira, 23 de maio de 2011
A Importância de uma Resolução Forte...

Stendhal, in "Do Amor"
quarta-feira, 18 de maio de 2011
Decisão, Desejo e Acção...

Aristóteles, in 'Ética a Nicómaco'
O Estado como Suporte para uma Vida Feliz...

Aristóteles, in 'A Política'
terça-feira, 17 de maio de 2011
Moral Divina...

Aristóteles, in 'Ética a Nicómaco'
segunda-feira, 16 de maio de 2011
As Uniões Necessárias...

Aristóteles, in 'A Política'
sábado, 14 de maio de 2011
Mais Vale Ser Surdo que Ensurdecido...

Friedrich Nietzsche, in "A Gaia Ciência"
sexta-feira, 13 de maio de 2011
Os Melhores Momentos do Amor...

(...) Quando um homem concebe o amor, o mundo inteiro se dissipa aos seus olhos, ele não vê nada além do ser amado, está no meio da multidão, das conversas, em plena solidão, abstraído, fazendo os gestos que lhe inspira esse pensamento sempre imóvel e muito poderoso, sem se preocupar com a surpresa nem com o desprezo alheios, ele se esquece de tudo e tudo lhe parece tedioso sem esse único pensamento, essa única visão. Nunca tive a experiência de um pensamento que solta a alma com tanto poder de todas as coisas que a circundam quanto o amor, e quero dizer que na ausência do ser amado, na presença de quem não se pode dizer o que acontece, com excepção, por vezes, do grande medo, que a rigor poderia ser-lhe comparado.
Giacomo Leopardi, in 'Pensamentos Diversos'
segunda-feira, 9 de maio de 2011
Sociedade do Desperdício...

Agustina Bessa-Luís, in 'Dicionário Imperfeito'
sábado, 7 de maio de 2011
O Amor é um Prémio sem Mérito...

Milan Kundera, in "A Lentidão"
sexta-feira, 6 de maio de 2011
O Sensacionismo...

Sentir é compreender. Pensar é errar. Compreender o que outra pessoa pensa é discordar dela. Compreender o que outra pessoa sente é ser ela. Ser outra pessoa é de uma grande utilidade metafísica. Deus é toda a gente. Ver, ouvir, cheirar, gostar, palpar - são os únicos mandamentos da lei de Deus. Os sentidos são divinos porque são a nossa relação com o Universo, e a nossa relação com o Universo Deus. (...) Agir é descrer. Pensar é errar. Só sentir é crença e verdade. Nada existe fora das nossas sensações. Por isso agir é trair o nosso pensamento. (...) Não há critério da verdade senão não concordar consigo próprio. O universo não concorda consigo próprio, porque passa. A vida não concorda consigo própria, porque morre. O paradoxo é a fórmula típica da Natureza. Por isso toda a verdade tem uma forma [?] paradoxal. (...) Afirmar é enganar-se na porta. Pensar é limitar. Raciovinar é excluir. Há muito que é bom pensar, porque há muito que é bom limitar e excluir. (...) Substitui-te sempre a ti próprio. Tu não és bastante para ti. Sê sempre imprevenido [?] por ti próprio. Acontece-te perante ti próprio. Que as tuas sensações sejam meros acasos, aventuras que te acontecem. Deves ser um universo sem leis para poderes ser superior. São estes os princípios essenciais do sensacionismo. (...) Faze de tua alma uma metafísica, uma ética e uma estética. Substitui-te a Deus indecorosamente. É a única atitude realmente religiosa (Deus está em toda a parte excepto em si próprio). Faze do teu ser uma religião ateísta; das tuas sensações um rito e um culto. (...)
Fernando Pessoa, in 'Sobre «Orpheu», Sensacionismo e Paùlismo'
quinta-feira, 5 de maio de 2011
A Revolução da Bondade...

José Saramago, in " Folha de S. Paulo, Outubro 1995"
segunda-feira, 2 de maio de 2011
Consumismo Cego...

A nossa vida é influenciada em grande medida pelos jornais. A publicidade é feita unicamente no interesse dos produtores e nunca dos consumidores. Por exemplo, convenceu-se o público de que o pão branco é superior ao pão escuro. A farinha, cada vez mais finamente peneirada, foi privada dos seus princípios mais úteis. Mas conserva-se melhor e o pão faz-se mais facilmente. Os moleiros e os padeiros ganham mais dinheiro. Os consumidores comem, sem o saber, um produto inferior. E em todos os países em que o pão é a parte principal da alimentação, as populações degeneram. Gastam-se enormes quantias na publicidade comercial. Assim, imensos produtos alimentares e farmacêuticos inúteis, e muitas vezes prejudiciais, tornaram-se uma necessidade para os homens civilizados. Deste modo, a avidez dos indivíduos suficientemente hábeis para orientar o gosto das massas populares para os produtos à venda desempenha um papel capital na nossa civilização.
Alexis Carrel, in 'O Homem esse Desconhecido' (1873-1944)
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Já se sabe à muito tempo....
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