Que é um intelectual? Quando é que uma pessoa se torna intelectual? Quer se seja escritor, universitário, cientista, artista ou advogado, só se passa a ser intelectual, no meu sentido, quando se trata, por meio de ensaio, de texto de revista, de artigo de jornal, de forma especializada e para além do campo profissional estrito, dos problemas humanos, morais, filosóficos e políticos. É então que o escritor, o filósofo, o cientista se auto-instituem intelectuais.
O termo intelectual tem um significado missionário, divulgador, eventualmente militante. Assim, a qualidade de intelectual não é determinada pela pertença profissional à intelligentsia, antes vem do uso ou da superação da profissão, nas e pelas ideias. Assim Sartre é um intelectual quando escreve L'Existencialisme Est un Humanisme e anima a revista Les Temps Modernes. Camus é um intelectual quando escreve L'Homme Revolté e faz editoriais em Combat. Aron é um intelectual quando participa no comité pela liberdade da cultura e publica as suas análises no Le Figaro. Na frente dos intelectuais há a raça bastarda dos escritores/escreventes (como mais ou menos dizia Barthes, o escritor escreve para a escrita, o escrevente escreve para as ideias). E o seu meio de expressão mais adequado é o ensaio, género híbrido entre a filosofia, a literatura o jornalismo e a sociologia.
O termo intelectual tem um significado missionário, divulgador, eventualmente militante. Assim, a qualidade de intelectual não é determinada pela pertença profissional à intelligentsia, antes vem do uso ou da superação da profissão, nas e pelas ideias. Assim Sartre é um intelectual quando escreve L'Existencialisme Est un Humanisme e anima a revista Les Temps Modernes. Camus é um intelectual quando escreve L'Homme Revolté e faz editoriais em Combat. Aron é um intelectual quando participa no comité pela liberdade da cultura e publica as suas análises no Le Figaro. Na frente dos intelectuais há a raça bastarda dos escritores/escreventes (como mais ou menos dizia Barthes, o escritor escreve para a escrita, o escrevente escreve para as ideias). E o seu meio de expressão mais adequado é o ensaio, género híbrido entre a filosofia, a literatura o jornalismo e a sociologia.
Edgar Morin, in 'Os Meus Demónios'
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